Sem palavras
Há mais de um tipo de silêncio. O que a gente ouve quando faz amor é único. Com ele a gente alcança a eternidade.
Mesmo nos dias de quarto minguante, com Ali eu verei a lua cheia. De smoking e gravata borboleta ele estará sempre… Pode a noite em que o meu homem chega não ser de gala? não estar eu de longo esvoaçante? arminho nos ombros ou um rabo de sereia?
Champanhe. Verta ele da sua na minha boca o champanhe e a língua abrupta com que me fará fechar os olhos, me deixará sem nenhuma palavra que não seja Ali. Ficar enfim sem palavras e bendizer calada o fato de nada poder dizer. Ouvidos eu então só terei para o silêncio.