ROLAR À BEIRA DO MAR ANIL
O amor não existe sem as palavras. Mas também requer o silêncio.
Descalças seguimos pela praia, tanto olhar a ninfa que, se consola preparando coroas quanto a ninfa, que cola os lábios aos da amada, alisa sua coxa, introduz entre suas pernas o joelho, dizendo que só foram feitas para rolar na areia e se banhar no mar anil.
Nos deter, enfim, diante da amante que se senta no colo da companheira e, tomando-a nos braços, aproxima-se de seu ouvido, como fazia Bilitis, segundo uma de suas confidências: “– De repente, falei ansiosamente. Daí, ela colou o rosto no meu e me disse tudo”.