PENSO NOS OUTROS, LOGO EXISTO
Da famosa frase de Descartes, Penso, logo existo, Jacques Lacan, por ser psicanalista e trabalhar com a palavra para decifrar o inconsciente, fez: Digo, logo existo. Deu prioridade ao discurso, e não ao pensamento. Da mesma frase de Descartes, meu amigo Carlito Maia, por ser um filósofo popular brasileiro, fez: Penso nos outros, logo existo. Priorizou a generosidade, incitando seus conterrâneos a serem solidários.
nadinha
No Japão, é hábito varrer a rua, levando a sujeira para dentro de casa, a fim de jogá-la no lixo. O espaço coletivo importa tanto quanto o espaço privado. Ao contrário das grandes cidades do Ocidente, Tóquio é uma metrópole incrivelmente limpa. Por isso, horrorizado com a sujeira de Paris, um grupo de turistas japoneses decidiu limpar as ruas de Montmartre, manifestando sua solidariedade e ensinando que a cidade faz parte do patrimônio universal. A mesma lição deram os torcedores japoneses durante a Copa do Mundo no Brasil, em 2014. Terminados os jogos do seu time, se agachavam nas arquibancadas para recolher o lixo e levavam para fora sacos cheios da má-educação dos outros.
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Maravilhoso! Mas isso é, não, não direi educação porque a palavra já tá por demais usada e me parece, perdeu o sentido, vou usar cultura, provavelmente lá nestes países existe igualdade cultural e acesso para maioria! Venho observando nestas alturas dos sessenta que nossa miséria não é material, mas tragicamente moral, cultural e social.
“Penso nos outros, logo existo.” Perfeita síntese do que pode ser nossa bela humanidade interior. E absorver e exalar naturalmente isso faz com que se amplie mais e mais o sentido da vida, abrangendo toda espécie de vida. Gente, animal, vegetal. Integração. Descartes, Lacan, Carlito Maia.Me emocionei!