O OBJETO DE ARTE É UMA FONTE DE JUVENTA
Com a sua imaginação, o artista cria uma realidade até então inexistente. Ao criá-la, se surpreende e se renova. Por isso, o objeto de arte é uma fonte de juventa.
O artista se salva com a arte, que, por sua vez, é um poderoso recurso civilizatório. Sem arte e sem cultura, não há como frear a barbárie, que está no mundo por estar dentro de nós, pois somos descendentes de gerações e gerações de assassinos, como dizia Freud.
nadinha
Os namorados do mundo inteiro vão a Paris jurar amor eterno e pendurar um cadeado simbólico na grade da ponte que fica atrás da catedral de Notre-Dame e se chama Le pont de l’archevêque, a ponte do arcebispo. Os cadeados são tantos que podiam abalar a estrutura da ponte. Ao passar por ela, eu sempre maldisse o sentimentalismo, que ameaçava a ponte e o pedestre, além de produzir má literatura.
No Dia de São Valentim de 2015 – dia dos namorados em várias partes do mundo –, as toneladas de amor jurado foram removidas da ponte pela Prefeitura de Paris. Mas o amor continua no ar na Cidade Luz, onde todo dia é dia dos namorados.
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Betty posso falar que no Brasil não existem admiradores de arte, e se existe, se perderam dentro da nossa cultura herdada de bajuladores, de poderosos e famosos dentro da formação do Brasil.
Aqui as pessoas não são admiradas pela sua arte, a arte é admirada pela pessoa.
No Brasil as pessoas querem saber quem é a pessoa para ver a arte, e isso não é amar a arte e sim ajudar a vencer quem já está no pódio.
“Sem arte e sem cultura, não há como frear a barbárie” é verdade. Sou morador de uma favela em uma cidade dormitório do Estado do Rio de Janeiro – São João de Meriti – estatisticamente uma das mais violentas do Estado, e vivo isso na pele. Mas, quero saber Betty como poderemos mudar sem cultura? Pobre?
Betty no Brasil a valorização da arte é ilusória, até o artista é valorizado ou não, dependendo do seu viés político, dependendo do que defende, se sua arte é boa ou não, é julgada pelo seu posicionamento ideológico e não apenas pela arte.
Por isso onde eu vivo há tanta morte de jovens Betty. Pois, uma das coisas que os poderiam salvar foi morta antes, por não serem ninguém, a sua arte.
Obrigada pelo seu e-mail, Gerson
Graças a Joaozinho Trinta, que sabia da importância da cultura popular brasileira, eu me debrucei sobre ela e escrevi um livro que se chama Bastidores do Carnaval.
O livro depois levou a TV Globo a escutar os carnavalescos.
Joãozinho se valia do carnaval para educar e nos deu um exemplo que pode e deve ser seguido.
Procure se inspirar nele e contar com as pessoas do seu meio para impor o seu ponto de vista.
A elite brasileira desconhece a cultura popular e não a reconhece.
Boa sorte e um abraço amigo.
Betty
É mais do que verdade. A arte é tão desprezada quanto os peregrinos das beiras das estradas.
Francisco Miguel de Moura – poeta.
Infelizmente tenho que concordar com o Gérson.
Aqui, viver já é uma arte.