NINGUÉM SUBSTITUI NINGUÉM
Com a morte do amado, o amante perde a possibilidade de viver o que só podia ser vivido graças ao encontro dos dois. Perde a certeza de que o amado estará sempre para ele, de que saberá escutá-lo e dizer a palavra certa quando isso se impõe.
A esperança do reencontro acaba e começa o tempo de uma saudade sem fim. A rememoração é, então, o único consolo – e é para o consolo que o ritual da morte existe em todas as culturas.
nadinha
A tanatopraxia, técnica de preparação do cadáver para o velório e o enterro, é antiga na civilização. Só fiquei sabendo dela em 2008, ao ver A partida, filme realizado por Yojiro Takita. Por estar desempregado, o violoncelista Daigo Kobayashi responde a um anúncio que diz: “Ajudamos a partir”. Imagina que se tratava de uma agência de viagem, mas era uma empresa de serviços funerários. Descobre então o rito da tanatopraxia, que humaniza a morte, tratando de embelezar o cadáver para consolar os vivos.
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Muito bom. Assisti o filme e achei tocante . O texto , como sempre, sem reparos, ótimo.
Betty: para poder suportar perdas que pareciam fatais – irmão, pai e mãe – escrevi “Pronto Para Partir?”, que a RT exigiu se chamasse “REflexões Jurídico-Filosóficas sobre a morte”. Penso continuamente nela. Acho que, com isso, dou mais valor à vida. E aos instantes deliciosos que podemos vivenciar junto aos que amamos. bj Renato
Belíssimo Filme!!!!
Gostei demais do filme, assisti diversas vezes, pois a trilha sonora também nos ajudar a melhor viver “a partida”.
Achei interessante.