LANGOR ORIENTAL

O sexo sempre esteve associado ao vinho. Não é por acaso que os escultores se valiam de uma folha de uva quando o nú era proibido.

  

O Fugitivo, bordel onde o sexo não sabe do chicote e não segue regra alguma, onde ele, tomado por um langor oriental, me abra um leito de seda cor de vinho, suntuoso, onde eu entregarei o corpo para mais e ainda imaginar o esperado, e assim o encontrar.

Que eu possa repetidamente me deitar nesse leito, me cobrir com a folha da vinha e me deixar envolver.

 

A trilogia do amor/A paixão de Lia

Ignace Spiridon, “Odalisca”, óleo sobre tela, sem data, coleção particular