ATÉ O NOME A GENTE INVENTA

Quem emigrou ou descende de emigrantes sabe que a mudança do nome no país da imigração é frequente. O melhor exemplo disso está no filme América! América!, de 1963, dirigido por Elia Kazan.

Impossível esquecer o momento em que, depois da travessia, graças a uma obstinação inimaginável, o grego Stavros chega em Ellis Island. Diz o nome para o inspetor, que não entende e o rebatiza com outro nome. Stavros estranha, mas logo sorri. Bem ou mal, com a invenção do outro, ele deixa de ser grego e se torna americano.

nadinha

O verdadeiro nome dos meus ancestrais libaneses era Milen. Mas, na alfândega, o inspetor trocou por Milan. Normal, o ã é brasileiro e o en já não é. Com a troca, o inspetor possibilitou a integração.

Angiolo Tommasi, “Os emigrantes”, óleo sobre tela, Gênova, 1895

Comentários sobre "ATÉ O NOME A GENTE INVENTA"
  1. Os temas são bons e pertinente a sociedade humana. Acredito piamente nesta escrita. Parabéns e desejo me aprofundar mais nestes assuntos,tão presentes entre nós, muito das vezes ignorados por falta de uma boa literatura no que concerne ao acesso.

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