A LÍNGUA É A PÁTRIA DO ESCRITOR

Fernando Pessoa era filho de embaixador e foi educado em Durban, na África do Sul. Considerava, no entanto, que o inglês era a língua da comunicação, só servia para ele aprender e ensinar. A fim de se expressar, precisava do português, que foi a sua pátria, como ele mesmo declarou.

A pátria do escritor é a língua na qual ele escreve. Dificilmente passa de uma língua para outra ou escreve em mais de uma. Mas o ato de falar é diferente do ato de escrever – e falar várias línguas, felizmente, está ao nosso alcance.

Sempre me pergunto por que além do português, os brasileiros não falam o tupi, o nagô e as línguas da imigração. Na modernidade, a palavra de ordem é incluir.

nadinha

O Brasil da cultura popular faz pouco do princípio da não contradição; ele é adepto de todos os santos e de todas as crenças. Por isso, pode ser comparado com o Japão ou com a China, onde o xintoísmo convive perfeitamente bem com o budismo.

Estátua do Buda Shakyamuni em Andra Pradesh, Índia, 2013

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